Abstract The possibility of using agro-industrial residues in bioconversion processes advances with the development of biotechnology and the search for processes in which is possible to add commercial value to previously discarded products. These processes should be low cost, easy to control and chemical-free. The yeast Yarrowia lipolytica (YL) is widely used to produce lipids, enzymes, citric acid, and proteins, among others. This study aimed to evaluate the capacity of this yeast to use agro-industrial residues as a source of carbon without adding extra carbohydrate sources for the development of cells. The study evaluated the production of proteins and lipids from different carbon sources as well as the optimization of the process (agitation, temperature, and nitrogen source). Indeed, YL produced 22.3% of protein and 9.4% of lipids in dry biomass, a 179% of protein and 660% of lipid increase from raw material, respectively, when using cassava residues as a carbon source. However, lipase production was low, indicating that the strain had priority for cell growth.
Resumo A possibilidade de utilização de resíduos agroindustriais em processos de bioconversão tem avançado com o desenvolvimento da biotecnologia e a busca por processos nos quais seja possível agregar valor comercial a produtos anteriormente descartados. Esses processos devem ser de baixo custo, fáceis de controlar e livres de produtos químicos. A levedura Yarrowia lipolytica (YL) é amplamente utilizada para a produção de lipídios, enzimas, ácido cítrico, proteínas, entre outros. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade desta levedura em utilizar resíduos agroindustriais como fonte de carbono sem adição de fontes extras de carboidratos para o desenvolvimento das células. O estudo avaliou a produção de proteínas e lipídios a partir de diferentes fontes de carbono, bem como a otimização do processo (agitação, temperatura e fonte de nitrogênio). A YL produziu 22,3% de proteína e 9,4% de lipídios a partir da biomassa seca, um aumento de 179% de proteína e 660% de lipídio da matéria-prima, respectivamente, ao utilizar resíduos de mandioca como fonte de carbono. No entanto, a produção de lipase foi baixa, indicando que a cepa tem prioridade para o crescimento celular.